20 de nov. de 2010

Diretoria da UPB Discute Eleições 2011


A diretoria da União dos Municípios da Bahia (UPB) esteve reunida nesta quarta-feira (17) para discutir vários assuntos, mas a sucessão da entidade, marcada para o dia 28 de janeiro de 2011, foi o que despertou mais atenção.

Segundo o presidente Roberto Maia (PMDB), o encontro contou com a participação de prefeitos de vários partidos e presidentes de associações regionais. “Foram apontados alguns nomes, mas nós não decidimos nada. Vamos marcar uma nova reunião, já com as presenças dos prefeitos que estão pleiteando (o cargo), e acreditamos que a eleição caminha para um entendimento”, frisou Maia, que já deixou claro que não disputará a reeleição.

Os nomes colocados na mesa foram os dos prefeitos Eduardo Alencar (Simões Filho), Adilson Nascimento (Mirangaba), Maria Quitéria (Cardeal da Silva), Oberdan (Barra do Choça), Caca (Miguel Calmon) e Jônatas Ventura (Barra do Rocha).

O peemedebista disse ainda que, durante o encontro, foi sugerido o nome de um presidente de Associação Regional para disputar o cargo. “Defendemos um nome que lute pela causa dos municípios, com tempo para se dedicar à UPB e que não seja subalterno ao governo”, destacou o prefeito de Bom Jesus da Lapa.

Maia contesta métodos da Operação Carcará

A reunião da UPB realizada nesta quita-feira discutiu também sobre a forma de atuação da Policia Federal na Operação Carcará. Segundo o presidente Roberto Maia, “houve um certo exagero” na condução dos prefeitos para as prisões.

“Os prefeitos estão abertos para qualquer investigação, mas não concordamos com o método da Operação. Não há necessidade de serem algemados, se eles não oferecem reação e estão prontos a prestar esclarecimentos quando forem convocados”, protestou.

“E se for provado que são inocentes, como vai ficar? Não tem dinheiro que recompense uma autoridade exposta à opinião pública. O dano é irreparável”, avaliou Maia.

Outro assunto tratado na reunião foi o Censo do IBGE 2010, que tem sido motivo de preocupação para vários prefeitos por causa da perda de receitas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que tem como base de cálculo o número de habitantes das cidades.

“Dos 417 municípios baianos, 303 diminuíram a população. Destes, 65 reduziram o FPM, mas 12 já conseguiram recuperar”, destacou o peemedebista.

Ele disse ainda que os gestores municipais aguardam a votação de um projeto do deputado João Bonfim (PDT) na Assembleia Legislativa, que prevê que os atuais limites dos municípios sejam mantidos ou discutidos entre eles, com a anuência da AL e do Estado.